terça-feira, 6 de maio de 2014

Budapeste


Em busca do Danúbio azul, da cortina comunista, do passado grandioso, da língua do demônio, dos bons preços, da imponência, das avenidas largas, da comida de leste, das cabeças loiras... eu e meu amor nos jogamos em mais essa aventura.

Localizada na Europa de Leste, nas margens do extenso rio Danúbio que cruza 10 países europeus. Budapeste nem sempre foi o que é hoje, os primeiros registos de povoamento remontam ao Paleolítico, mas foi o Império Romano no século I que fundou a primeira cidade nesta zona de curva e estreitamento do rio, um dos mais importantes “caminhos” comerciais da História da Europa. 

A região foi depois ocupada por Godos, Lombardos, Ávaros e, finalmente, os Magiares, que chegaram à região no Séc. IX. Budapeste não era ainda uma cidade conjunta nem havia qualquer ponte fixa sobre o rio. A primeira dinastia húngara não tinha capital, pelo que foi Béla IV que mandou construir um castelo na colina que hoje é Buda. A nova capital do reino prosperou e cresceu sob o domínio de Mátyás Corvinus, no Séc. XV. Entretanto, foi quase totalmente destruída pelos turcos do Império Otomano, retomando o seu esplendor depois da dura reconquista por parte dos Habsburgos, em 1686. A monarquia absolutista garantiu o desenvolvimento económico de Buda e Peste e, em 1867,
é constituído o Império Austro-Húngaro, logo depois da união das duas cidades numa só e da construção da emblemática Ponte das Correntes.

Depois da Primeira Guerra Mundial, a monarquia caiu e o desejo dos húngaros recuperarem os territórios perdidos levou-os a associarem-se à Alemanha, na Segunda Grande Guerra.
Mais tarde, foram invadidos pela Rússia, que impôs um regime comunista até à Queda da Cortina de Ferro. A dura e instável História de Budapeste reflete-se nas pessoas e nas ruas da cidade. De uma das capitais mais importantes da Europa, no século XV, passando pelo brilho e pela grandiosidade dos edifícios dos séculos XVII, XVIII e XIX, até às ruas de hoje, quase abandonadas por um comércio que caiu juntamente com o sistema comunista, Budapeste é uma cidade incompreendida, de grandes diferenças sociais e culturais, que ainda procura o seu “lugar ao sol” na Europa.

A capital da Hungria é uma fascinante cidade de contrastes, por entre avenidas largas, ruelas e edifícios históricos de uma dimensão inimaginável, polvilhados com cúpulas, pormenores coloridos e muita páprica. Budapeste é, por isso, uma grande capital europeia com muito para oferecer e cuja cultura, certamente, o vai apaixonar.

Foi um imenso prazer estar em Budapeste!

Beijos da Alex :)

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