Em busca do Danúbio azul, da cortina comunista, do passado grandioso, da língua do demônio, dos bons preços, da imponência, das avenidas largas, da comida de leste, das cabeças loiras... eu e meu amor nos jogamos em mais essa aventura.
Localizada na Europa de Leste, nas margens do extenso rio Danúbio que cruza 10 países europeus. Budapeste nem sempre foi o que é hoje, os primeiros registos de povoamento remontam ao Paleolítico, mas foi o Império Romano no século I que fundou a primeira cidade nesta zona de curva e estreitamento do rio, um dos mais importantes “caminhos” comerciais da História da Europa.
A região foi depois ocupada por Godos, Lombardos, Ávaros e, finalmente, os Magiares, que chegaram à região no Séc. IX. Budapeste não era ainda uma cidade conjunta nem havia qualquer ponte fixa sobre o rio. A primeira dinastia húngara não tinha capital, pelo que foi Béla IV que mandou construir um castelo na colina que hoje é Buda. A nova capital do reino prosperou e cresceu sob o domínio de Mátyás Corvinus, no Séc. XV. Entretanto, foi quase totalmente destruída pelos turcos do Império Otomano, retomando o seu esplendor depois da dura reconquista por parte dos Habsburgos, em 1686. A monarquia absolutista garantiu o desenvolvimento económico de Buda e Peste e, em 1867,
é constituído o Império Austro-Húngaro, logo depois da união das duas cidades numa só e da construção da emblemática Ponte das Correntes.
Depois da Primeira Guerra Mundial, a monarquia caiu e o desejo dos húngaros recuperarem os territórios perdidos levou-os a associarem-se à Alemanha, na Segunda Grande Guerra.
Mais tarde, foram invadidos pela Rússia, que impôs um regime comunista até à Queda da Cortina de Ferro. A dura e instável História de Budapeste reflete-se nas pessoas e nas ruas da cidade. De uma das capitais mais importantes da Europa, no século XV, passando pelo brilho e pela grandiosidade dos edifícios dos séculos XVII, XVIII e XIX, até às ruas de hoje, quase abandonadas por um comércio que caiu juntamente com o sistema comunista, Budapeste é uma cidade incompreendida, de grandes diferenças sociais e culturais, que ainda procura o seu “lugar ao sol” na Europa.
A capital da Hungria é uma fascinante cidade de contrastes, por entre avenidas largas, ruelas e edifícios históricos de uma dimensão inimaginável, polvilhados com cúpulas, pormenores coloridos e muita páprica. Budapeste é, por isso, uma grande capital europeia com muito para oferecer e cuja cultura, certamente, o vai apaixonar.
Foi um imenso prazer estar em Budapeste!
Beijos da Alex :)
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